O deputado estadual Samuel Júnior (PDT) se lançou candidato à presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) nesta sexta-feira (18) como uma via alternativa ao imbróglio que se formou entre PP e PSD. O nome do parlamentar pode ser uma “vitória enrustida” do grupo do atual presidente, Nelson Leal (PP).
“Podemos ser um nome de consenso. Primeiro que a gente vem junto com PCdoB, que foram inicialmente os partidos que deram apoio a Nelson Leal pra que ele fosse presidente, e, agora, unidos, e tem esse imbróglio do PP”, admitiu, em entrevista ao BNews.
Mesmo após um acordo ser selado com a presença do governador Rui Costa (PT), para que o deputado Adolfo Menezes (PSD) assumisse a presidência no biênio 2021-2022, o PP quer se manter no poder. Após o Supremo Tribunal Federal (STF) barrar a reeleição no Congresso, o partido pode incentivar uma candidatura como a de Samuel, alternativa a Leal.
Samuel Júnior também falou em “ir pra cima da oposição”, para angariar apoio. “Acho que o próprio Prates [deputado licenciado, ex-DEM], até pelo relacionamento que ele tem com os deputados de oposição…eu também tenho boa relação com meus colegas. E a gente constrói junto. Se eu conseguir consolidar meu nome, é ir pra cima da oposição pra conseguir o apoio deles”, disse.
Caso a votação fosse antecipada para ainda este ano, o grupo teria 10 votos do PP, 4 do PCdoB, além de contar com os deputados satélites Vitor Bonfim (PL), o próprio Samuel Júnior (PDT), Tum (PSC), Jânio Natal (PL).
Se a disputa ocorrer, de fato, em fevereiro, o PP perde uma cadeira, já que Zé Cocá foi eleito prefeito de Jequié, e Jânio Natal deixa a Assembleia para assumir a prefeitura de Porto Seguro. Com isso, sobem Bira Coroa (PT) e Ubaldino (PSD), que fortaleceriam o grupo a favor do acordo.
Crédito: BNews.