Para o coordenador do sindicato, Rui Oliveira, prefeitura ignora situação da pandemia em Salvador
Quase 100 escolas municipais de Salvador tiveram casos de infecção e reinfecção por Covid-19 após a reabertura para atividades presenciais, segundo levantamento feito pela APLB-Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia.
Foram adicionadas à lista 38 escolas localizadas em 26 bairros da capital baiana, totalizando 97 unidades. Em comunicado, o sindicato classifica como “autoritário” o decreto da prefeitura que estabelece o retorno às aulas presenciais e pede o retorno às atividades remotas.
O coordenador-geral da APLB, Rui Oliveira, afirmou ao Metro1 que o sindicato enviou a lista de escolas com casos de Covid-19 ao Ministério Público do estado (MP-BA) e pediu providências. “Mesmo não tendo aula presencial, as escolas estão abertas para distribuir cesta básica. Então a comunidade escolar vai para a escola e se contamina. Estamos com um aumento no número de casos de Covid na cidade, há mais de 10 dias os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) estão com ocupação acima de 80%. Ninguém toma providência. A providência que a prefeitura toma é assédio moral e intimidação de pais”, pontuou, citando denúncias anteriores, feitas pela APLB, de que prepostos da Secretaria Municipal de Educação (Smed) estariam coagindo pais e responsáveis a mandarem os filhos para as aulas presenciais.
Ainda de acordo com Rui, a APLB tenta dialogar com a prefeitura, sem sucesso. “O prefeito Bruno Reis disse na televisão que marcaria uma reunião com a APLB, mas até agora não houve confirmação. Também pedimos uma reunião com o secretário de Educação por vários outros motivos, como a suspensão dos cadernos de atividades para os alunos e o fim da Educação de Jovens e Adultos. Estamos aguardando”, afirmou.
Crédito: Metro1