Ao mesmo tempo em que requalificação é vista como necessária, permissionários temem redução do espaço e despejo do local

O secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Fábio Mota, garantiu, em entrevista ao programa Metrópole Turismo, da Rádio Metrópole, nesta terça-feira (22), que o Mercado Modelo não será fechado. Segundo ele, o estabelecimento é um importante ponto turístico e deve ser mantido em funcionamento, inclusive durante a realização das obras. Ele também afirmou que está tentando encontrar soluções para não afetar o trabalho dos permissionários, que temem a expulsão da região.
“Não tem como a gente fechar o Mercado Modelo. Eu acho que isso é uma unanimidade entre todos os gestores que estão envolvidos na área”, afirmou Mota, em resposta à Lara Kertész, no programa Metrópole Turismo.
O secretário ainda revelou que o projeto de requalificação não deve começar a ser posto em prática este ano, “em função da complexidade”, mas diz que já busca alternativas para fazê-lo de forma que não prejudique os trabalhadores locais. “A primeira ideia nossa é que a obra comece por fora do mercado para dar tempo de fazer as mudanças necessárias. Vamos propor também que se faça a reforma por área, e não do mercado como um todo” para permitir a estadia dos permissionários.
A obra é executada pela Superintendência de Obras Públicas (Sucop), o projeto é da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF) e a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult) “vai entrar para tentar fazer o meio campo dessa ação”, explica Mota. “É um dos maiores pontos turísticos de Salvador e não pode ser fechado nem desestabilizado. Pode ter certeza que nós vamos nos esforçar e achar uma solução tanto para os permissionários quanto para o ponto de vendas permanecer ativo e aberto durante toda a obra”, exprimiu.
Uma matéria sobre a polêmica que envolve a obra foi publicada no Jornal da Metropole do dia 27 de maio. Ao mesmo tempo em que a requalificação é vista como necessária no tradicional Mercado Modelo, os permissionários temem uma redução do espaço físico de trabalho e o despejo do local.
Crédito: Metro1