Outros protestos já estão marcados para os dias 13 e 16 deste mês
Após manifestação na manhã desta sexta-feira (9), o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB-Ba) afirma que as famílias sem-teto que ocupam o prédio da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) no Centro de Salvador não vão sair sem resistência. Uma decisão judicial permite a reintegração de posse do prédio, mas outros protestos já estão marcados para os dias 13 e 16 deste mês.
“Nós fizemos hoje com as famílias do prédio uma passeata muito bonita com uma presença de três parlamentares. Nós vamos fazer de novo no dia 13 e no dia 16. O dia 16 é uma dia de luta dos Movimentos de Moradia e vamos fazer em conjunto com os movimentos contra a reintegração de posse, que é proibida pelo STF [Supremo Tribunal Federal] durante a pandemia”, conta o representante do movimento, Gregório Gould.
De acordo com Gould, o mandado se baseia no argumento de que o prédio está condenado, mas a nota técnica não é assinada por um engenheiro ou arquiteto. “O mandado é absurdo”, afirma. “Quem diz é a Embasa, que é parte do processo e quer o prédio de volta. Diz que as vigsa estão condenadas sem nenhum laudo. Não fizeram nenhuma avaliação técnica”.
A Embasa afirmou ao Metro1 que a Codesal tentou realizar uma vistoria técnica para atestar as condições das instalações internas, mas o técnico foi impedido de entrar no imóvel por lideranças do movimento que ocuparam o prédio.
As 290 famílias, desabrigadas durante a pandemia do coronavírus, estão no prédio da Avenida 7 de Setembro desde o dia 7 de junho. Segundo Gould, um dos líderes do MLB, elas estão dispostas a negociar com o governo. “Uma saída para isso pode ser encontrada pelo Poder Público, que deve resolver a moradia dessas pessoas, ainda mais em um período de pandemia e de chuvas”, afirma.
Crédito: Metro1