Suspensão é para análise do relatório final da CPI que apurou os atos de 8 de Janeiro de 2023 em Brasília
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), prorrogou por mais 90 dias o inquérito das milícias digitais, investigando grupos que atuam contra a democracia. Em despacho divulgado nesta segunda-feira (22), o relator diz que o prazo foi solicitado pela PF (Polícia Federal) no dia 12 de dezembro de 2023.
Um dos motivos seria a análise do relatório final da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que apurou os atos de 8 de Janeiro de 2023 em Brasília. O compartilhamento dos documentos com a investigação foi autorizado por Moraes em outubro de 2023.
A investigação das milícias digitais foi aberta a partir do compartilhamento do material colhido no inquérito dos atos antidemocráticos. Na ocasião, o caso precisou ser arquivado por determinação da Procuradoria-Geral da República (PGR). Antes de encerrá-lo, porém, Moraes autorizou o intercâmbio de provas e mandou rastrear o que chamou de “organização criminosa”.
Em um relatório parcial da investigação, remetido ao STF em fevereiro de 2022, a PF afirmou que os elementos colhidos até então corroboravam a hipótese de uma “atuação orquestrada” para promover desinformação e ataques contra adversários e instituições com objetivo de “obter vantagens para o próprio grupo ideológico e auferir lucros diretos ou indiretos por canais diversos”.
Crédito: Metro1