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Novo campeão do UFC, Do Bronx projeta próximo adversário: “Não fujo de luta”

Foto: Reprodução

A noite de 15 de maio ficará guardada na memória do lutador Charles ‘Do Bronx’ Oliveira. Após mais de 10 anos dentro do Ultimate Fighting Championship (UFC), o brasileiro de 31 anos escutou o locutor do octógono, Bruce Buffer, dizer que ele havia se tornado o mais novo campeão dos pesos-leves (até 70,3 kg) da maior organização de MMA do mundo.

Durante sua trajetória na empresa, Charles viveu uma série de altos e baixos que, nas palavras do comentarista Renato Rebello, do canal ‘Sexto Round’, fizeram com que o menino natural do Guarujá ‘aprendesse a sofrer’. Nos primeiros sete anos de UFC, Do Bronx acumulara 19 lutas, sendo oito derrotas.

Foi neste ponto da carreira que surgiu a habilidade de prevalecer nas adversidades. As nove lutas seguintes vieram com nove vitórias, além de um Charles Oliveira mais maduro e completo. Dono de um apurado Jiu-Jitsu – que o credenciou com o recorde de 14 finalizações no UFC -, o lutador também demonstrou mais domínio na luta em pé, estilo que o coroou com o cinturão, após nocautear o americano Michael Chandler.

Em entrevista exclusiva ao Portal A TARDE, Charles falou sobre o grande momento que atravessa na carreira e a emoção de ter alcançado o sonho de se tornar campeão mundial. Durante a conversa, o brasileiro revelou quais os próximos objetivos dentro do UFC e também deu o nome de quem gostaria que fosse sua primeira defesa de cinturão. Confira:

Já ‘caiu a ficha’ de que você conquistou o cinturão de campeão na maior organização de MMA do mundo?

A ficha foi caindo aos poucos (risos). Principalmente quando cheguei no Brasil, com a torcida e a minha família me recebendo no aeroporto. Foi a realização de um sonho, que eu tinha prometido para os meus pais e minha filha. Consegui perceber o quanto sou amado pelas pessoas e como poder levar alegria para elas é importante.

Houve um momento no primeiro round em que o combate parecia se desenhar muito a favor do Chandler, quando a luta quase terminaria por nocaute. O que passou na sua cabeça naquele momento, para não se abalar e seguir em frente?

Antes da luta, ele (Michael Chandler) ficou falando que, quando me batiam, eu desistia da luta. Mas consegui provar que ele estava errado. Passei um recado para a categoria: quem jogar pedra, vai tomar pedrada de volta. Eu senti os golpes, mas em nenhum momento saí do controle. Cometi alguns erros técnicos, mas consegui corrigir no intervalo, fui lá e nocauteei ele com a canhota.

Você chegou no UFC com apenas 20 anos. De lá para cá, foram altos e baixos até se consolidar na categoria. Como foi passar por esse processo de amadurecimento?

Assim que cheguei no UFC, eu disse que era um garoto no meio dos leões. Porém, as coisas mudaram e agora eu sou o Rei Leão (risos). Tive momentos bons e ruins, mas nunca desconfiei do meu potencial. Tinha certeza que eu ainda seria campeão do UFC em algum momento.

Você vem em uma sequência de nove vitórias, que te coroaram com o cinturão dos pesos-leve do UFC. Sua última derrota foi contra o Paul Felder, em 2017. O que mudou em você, até se tornar o lutador que é hoje?

Acredito que entrei em uma maturidade física e mental muito grande. Eu estou vivendo o auge da minha carreira e, falando de evolução, a minha parte em pé cresceu muito desde a minha chegada na academia Chute Boxe Diego Lima, tanto que venho nocauteando de mão direita e esquerda. Hoje, sou um lutador completo.

Ainda sobre a última derrota. Quando ela ocorreu, você ficou em uma situação delicada no UFC, com quatro derrotas em seis lutas. Isso serviu de incentivo para dar a volta por cima?

Sou um cara muito competitivo. Lógico que esse momento me incomodava muito, mas tinha certeza que conseguiria dar a volta por cima. E o resultado está aí, foram nove vitórias seguidas, sendo oito delas por finalização ou nocaute.

 

Crédito: A Tarde

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