Bruno Reis (DEM) ainda afirmou que possibilidade de ampliar reabertura vai depender do comportamento da população em junho

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), reforçou a intenção de concluir a imunização contra a Covid-19 dos grupos prioritários na capital baiana até esta quarta-feira (16), seguindo com a vacinação exclusivamente por faixa etária a partir da quinta-feira (17).
Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira (14) para lançamento do programa Viva Cultura, o prefeito disse que acompanha as manifestações de categorias profissionais, como bancários e trabalhadores de supermercado, mas voltou a defender a idade como critério mais justo.
“Vamos fazer um mutirão de todos os públicos prioritários na quarta-feira e cumprir todas as determinações que temos que seguir. Na quinta-feira a gente já viria no mutirão por idade. Óbvio que se alguém não se vacinar na quarta e vier de outros públicos, pode se vacinar, mas a prioridade é por idade. Sobre o pessoal dos mercados e dos bancários, não depende do prefeito. Eu vejo os questionamentos nas redes sociais, um público se achando prioritário em relação ao outro. Ficamos com as obrigações sem o poder de decisão. Temos quatro tipos de vacinas, vai chegar mais um, a gestão disso é complicada. Fazer lista, conferir lista. Perdemos mais tempo conferindo lista do que aplicando a vacina”, afirmou o prefeito.
Segundo Bruno Reis, a capital tem 46% do público-alvo vacinado com a primeira dose e quase 20% recebeu as duas doses. A chegada das 90 mil doses da vacina da Janssen, de dose única, possibilitará um avanço ainda maior na campanha de imunização, além da inclusão de 6 mil pessoas em situação de rua, a partir de quarta-feira.
“Temos os consultórios nas ruas que vão fazer essa vacinação. Nós vamos onde eles estão. Como a vacina da Janssen é dose única, facilita o processo. Com certeza teríamos uma dificuldade maior para aplicar uma segunda dose de outra vacina”, afirmou.
O prefeito ainda alfinetou o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), que prometeu vacinar todo público alvo (até 18 anos) do estado até o dia 15 de setembro. De acordo com Reis, é impossível fazer estes prognósticos de forma tão exata e calculada. “Quem está estabelecendo prazo esta fazendo futurologia”, disse o gestor soteropolitano.
Reis disse considerar “controlada” a situação da pandemia na capital e pontuou que há a possibilidade de ampliação da reabertura das atividades a partir da segunda semana de julho. Ele ressaltou, no entanto, que isso vai depender do comportamento da população durante o mês de junho, em meio aos feriados prolongados. “Os números estão em queda, mas não posso deixar de expressar uma preocupação com os sucessivos eventos que temos agora em junho e julho. Tivemos Corpus Christi, Dia dos Namorados, Santo Antônio, teremos São João, São Pedro e 2 de Julho. Há uma preocupação em relação ao que esses eventos podem provocar. Esse mês pode ser o último mês de sacrifício que tenhamos que fazer, pode ser decisivo. Se respeitarmos o isolamento social e seguirmos o protocolo, em julho podemos dar passos largos para estarmos livres da pandemia. Mas é preciso que façamos nossa parte”, afirmou.
Ainda de acordo com o prefeito, a terceira edição do programa Viva Cultura, lançada nesta segunda-feira, é a oportunidade de dar mais um apoio para o setor cultural em meio à pandemia, por ser “o único que ainda não pôde voltar”. Segundo Bruno Reis, a cidade está abrindo mão de mais de R$ 3 milhões em impostos no programa, que permite que empresas patrocinem projetos culturais em troca de isenção no Imposto Sobre Serviços (ISS) e no Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU). “Tenho colocado de forma clara nas coletivas a dificuldade que a prefeitura vive devido ao investimento na saúde, recursos para o transporte público, mas em nenhum momento descuidamos das outras ações da cidade”, concluiu.
Crédito: Metro1