Secretário descarta lockdown na Bahia em meio a alta de casos de Covid-19: ‘Seria muito mal recebido’

“Isso aconteceu na Europa porque as cidades são menores, mais fáceis de controlar, as condições de habitação são melhores”, disse Fábio Vilas-Boas

[Secretário descarta lockdown na Bahia em meio a alta de casos de Covid-19: 'Seria muito mal recebido']
Foto: Paula Fróes/Gov. BA
Mesmo diante da segunda onda de Covid-19 na Bahia, o secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas-Boas, descartou a possibilidade de lockdown. Segundo ele, a decisão seria impraticável no contexto baiano. A declaração foi dada hoje (7), em entrevista a José Eduardo, na Rádio Metrópole.

“Acho que não existe necessidade de lockdown nesse momento. Em segundo lugar, o clima: um lockdown seria muito mal recebido, haveria uma desobediência civil muito grande, impossível da nossa polícia controlar. Isso aconteceu na Europa porque as cidades são menores, mais fáceis de controlar, as condições de habitação são melhores”, disse Vilas-Boas.

O secretário avalia que a situação da pandemia na Bahia se mantém estável durante a segunda onda, mas alertou para uma queda “artificial” no número de casos nos primeiros dias de janeiro. “O número de casos notificados vem caindo significativamente, mas de uma forma artificial. Tem havido uma subnotificação fruto das trocas nas secretarias de Saúde nos municípios. Nesse período, os novos secretários estão aprendendo a usar os sistemas”, comentou.

Ainda segundo Vilas-Boas, ainda não é possível traçar previsões para a volta às aulas, já que é esperado um cenário mais complicado quanto à pandemia após as festas de final de ano. “Fazer qualquer prospecção em um momento em que estamos esperando um aumento do número de internações, fruto do que aconteceu no Réveillon, é projetar algo num terreno muito móvel. Se a gente, daqui a 15 dias, começar a ver a taxa de internação subir, as UTIs ocupadas, a mortalidade aumentada, não tem condições de abrir escolas. Já há condições de organizar o retorno às aulas, mas isso tem que ser discutido no momento adequado”, afirmou.

 

Crédito: Metro 1.

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