O secretário estadual da Saúde Fábio Vilas-Boas (PT) defendeu, nesta quarta-feira (9), que os restaurantes passem a funcionar nas ruas e nas calçadas nos horários noturnos em Salvador. Vilas-Boas destacou que sugeriu que o secretário da Saúde de Salvador, Leo Prates (PDT), trabalhe esta medida com o prefeito ACM Neto (DEM).
O secretário ressaltou que com a saída dos espaços fechados poderia ser possível que a taxa de transmissão da covid-19, doença causada pelo coronavírus, diminua. “A reunião com o prefeito de Salvador e com o secretário municipal ocorreu na maior harmonia. Nós alinhamos uma série de medidas que necessitam do apoio do Estado, como o apoio da Polícia Militar e da Vigilância epidemiológica”, afirmou.
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (7), o prefeito ACM Neto anunciou o fechamento de bares e restaurantes nos bairros do Rio Vermelho e Itapuã. Os estabelecimentos estão impedidos de funcionar a partir das 17h, de sexta-feira a domingo. A decisão é válida por 15 dias.
Os locais poderão funcionar no horário de almoço e em outros horários, desde que de segunda à quinta-feira. A medida restritiva tem como objetivo a redução do crescimento de casos de covid-19 em Salvador
“Vocês estão vendo, imprensa está noticiando, redes sociais têm colocado, o desrespeito que está acontecendo nas noites no Rio Vermelho e em Itapuã, aglomeração, muita gente, mesmo quando bar e restaurante fecham, as pessoas vão pra rua e fazem aglomeração na rua, com isopor de cerveja e tudo mais”, declarou o demista.
Vilas-Boas rechaçou a ideia de que o governo estadual tomará medidas restritivas mais rigorosas como no início da pandemia, mesmo com a Bahia vivendo uma segunda onda da pandemia.
“O tempo irá dizer, por enquanto não pretendemos fazer nenhum tipo de restrição mais rigorosas. Estamos conseguindo absorver essa segunda onda dentro dos nossos hospitais”, complementou o secretário.
Segunda onda
Em 3 de dezembro, Vilas-Boas afirmou que a Bahia vive uma segunda onda de coronavírus e que o cenário atual é “mais crítico” do que o anterior. “Nós já estamos completando três semanas sucessivas de crescimento, progressivo, contínuo do número de casos, portanto, é possível falar até que já estamos em uma segunda onda, em um cenário mais grave do que enfrentamos no início da pandemia”, afirmou.
“Estaremos vivendo não uma segunda onda, mas a maior onda que a Bahia viveu, pois está disseminado no estado inteiro. Lá atrás conseguimos conter até metade da pandemia, apenas 150 municípios com Covid, mas ela foi chegando lentamente nas cidades e dessa vez já existe em todas elas. Com o crescimento acelerado, podemos ter uma situação grave, muito mais grave do que tivemos até aqui. Por favor, usem máscaras, higienizem as mãos e tome todos os cuidados”, declarou o governador Rui Costa.
Atualmente, a Bahia contabiliza 428.034 casos confirmados e 8.474 óbitos. Nesta terça-feira (8), o boletim epidemiológico da secretaria da Saúde do estado da Bahia (Sesab) registrou 3.330 novos casos e 29 óbitos. Em Salvador, a taxa de ocupação de unidades de terapia intensiva está em 79%. A capital baiana registra 101.114 casos e 2.780 óbtitos.
Crédito: BNews