Legisladora afirmou que já tomou medidas cabíveis
Os 12.098 votos conquistados nas eleições à Câmara Municipal de Salvador e os feitos de ser a mulher mais votada na capital baiana e 4ª pessoa com mais votos no último pleito para vereadora e vereadores não é suficiente para livrar Ireuda Silva (Republicanos) do racismo que persegue pessoas pretas todo santo dia.
A vereadora foi vítima de ataques racistas em suas redes sociais e afirmou em sua conta pessoa do Instagram que tomouas devidas medidas judiciais contrra os perfis que fizeram os ataques.
Ireuda afirma que registrou os comentários e depois os apagou de sua conta. A vereadora não informou se registrou os casos em uma delegacia.
“Eu, a vereadora mais votada de Salvador e da Bahia, e uma das poucas mulheres negras eleitas no último pleito, sou mais uma das vítimas de racismo no período pós-eleitoral. Entrei com as devidas medidas judiciais contra esses racistas de plantão, hipócritas que esperam o primeiro momento para atacar camuflados atrás de um perfil de rede social”, escreveu a vereadora.
Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice-presidente da Comissão de Reparação, Ireuda Silva entende que os valentões que ofendem pessoas na Internet precisam ser denunciados e se acostumarem a criar coragem para sustentar as ofensas na frente de um juiz.
“Esperamos que esses criminosos sejam identificados e punidos. A internet não pode ser uma terra sem lei, onde se pode falar o que quiser, sem consequências. Quando defendemos que mais mulheres negras ocupem espaços de poder, estamos falando justamente disso: destruir essas barreiras e mostrar à sociedade racista que nosso lugar é onde quisermos”, disse Ireuda.
O número de pessoas pretas que conseguiram se eleger em toda a Bahia aumentou em 28% neste ano, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Um total de 11 pessoas que se autodeclararam pretas conseguiu se eleger na capital baiana, que tem 43 cadeiras para vereadores. Ireuda será uma das 4 mulheres autodeclaradas negras na Câmara a partir do ano que vem.
Crédito: Correio.