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Aos 60 anos de carreira, Paulinho Boca de Cantor comenta participação no Carnaval: “Só fazem homenagem quando a gente morre”

Artista foi entrevistado na Rádio Metropole nesta segunda-feira (5)

Aos 60 anos de carreira, Paulinho Boca de Cantor comenta participação no Carnaval: “Só fazem homenagem quando a gente morre”
Foto: Reprodução Rádio Metropole

Celebrando 60 anos de carreira, o compositor, cantor e um dos membros fundadores do grupo Novos Baianos, Paulinho Boca de Cantor comentou sobre a falta do devido reconhecimento às suas contribuições no Carnaval de Salvador.

A declaração foi feita nesta segunda-feira (5), em entrevista à Rádio Metropole. A folia momesca começa oficialmente na quinta-feira (8), mas já contou com os dois dias de pré-carnaval Fuzuê no sábado (3) e Furdunço no domingo (4). Paulinho vai se apresentar nos dias 9, 10, 11 e 13 de fevereiro, e disse que não está cobrando homenagem, mas acredita que faltou atenção para a celebração das seis décadas.

“Eu não quero homenagem porque eles só fazem homenagem quando a gente morre, mas pelo menos botar em um lugar mais especial, porque já estamos fazendo 60 anos de cultura, ajudando a cultura da nossa terra, levando nosso nome, nossa coisa regional, fazendo com que ela se torne universal […] Então nos 60 anos deviam pelo menos me chamar para conversar, mas não”, comentou.

O artista evidenciou que suas colaborações para a maneira atual da festa perpassam por ele, ao lado de Baby do Brasil, ter sido pioneiro na colocação de som gravado em cima do trio, saindo do instrumental.

“Eu, de uma determinada maneira, ajudei a construir essa grande festa que é o Carnaval, eu não toco guitarra baiana então para participar de um trio eu tinha que cantar. Eu e a Baby do Brasil fomos quem colocamos o som de voz pela primeira vez no trio elétrico, porque era só instrumental. Pegamos um som de voz que trouxemos para fazer show da Concha Acústica, amarramos em cima do caminhão, quebramos o muro da garagem para ele [o caminhão] sair, mas chegamos na praça com o som de voz, não era mais só instrumental. Tudo isso deu um trabalho danado e foi uma contribuição expressiva do carnaval, tem esse pioneirismo”, disse.

Crédito: Metro1

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