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Bahia consegue empate em Goiás e dá sinais de vida na competição

Foto: Heber Gomes ACG

Foi um jogo duro, difícil, brigado mas valeu pelo resultado (1 x 1), porque interrompeu a sequência de derrotas da equipe, porque a atuação razoável traz mais confiança aos atletas e também porque o ponto conquistado, por um momento, permitiu que o time pulasse fora da zona do horror. Mas a rodada segue.

E, não vamos aliviar, os erros continuam: Mais um gol levado de cabeça (o 51º ) no começo da partida, a mesma saída de bola lenta, a deficiência nas finalizações e uma irritante troca de passes inócua no meio campo. Falta de objetividade.

Louvemos. O gol foi do jovem atacante Gabriel, enfim estreando, com bom passe do veterano e aniversariante Nino Paraíba, já no segundo tempo.  Com o resultado, o Bahia chega a 29 pontos, fica na espera do resultado de Vasco x Botafogo, ambos na zona.

Apresentação 
Estádio Antônio Accioly, em Goiânia, gramado bem castigado. O Tricolor em campo com o peso de sete jogos seguidos sem vencer e a pressão de estar estacionado na chamada zona da degola, o precipício. O treinador Dado Cavalcanti arejou a equipe, escalando um ataque de garotos, mais leve: Gabriel, Thiago e Fessim, sem o artilheiro Gilberto, suspenso. O Dragão de Goiás em situação mais confortável, no 12º lugar, um time de pegada forte, osso duro de roer, sobretudo em casa. Em Salvador, o Dragão venceu: 1 x 0, gol do goleiro Jean.

Com bola rolando 
Pra variar, o Bahia levou um gol logo no começo, aos 7 minutos, e novamente de cabeça, após cobrança de escanteio. O 51º gol sofrido pelo Bahia, a maioria de cabeça, algo nunca visto.

– Gol ! 1 x 0, Pereira. Escanteio da esquerda, bola levantada para o lado oposto por Natanael, Pereira subiu livre e testou pra baixo; desviou na perna de Matheus Bahia e ainda bateu na perna do goleiro Douglas, antes de entrar. Repetição do já visto. Goleiro e defesa mal postados e sem iniciativa.

A equipe, ao levar o gol, como sempre, ficou perdida, azoada, por minutos não conseguia articular, errando os passes… Como um boxeador que leva um soco no queixo e cai, demora a cair na real. Os jogadores do Dragão são mais altos, impõem-se fisicamente, marcam em cima, duro, ganham as divididas. Só aos 18’ o Tricolor acordou, ameaçando na frente numa cabeçada de Thiago, pra fora.

Com o placar favorável, o Atlético postou-se mais em seu campo, à vontade, explorando as bolas esticadas em contragolpes, como gosta de jogar. Os tricolores até evoluíam trocando passes mas pouco agrediam, pouco incomodando a defensiva adversária.

Aos 27’, foi Ze Roberto (ex-Bahia) que chegou batendo da entrada da área, por cima . Aos 30’, os visitantes chegaram trocando passes, zoando um pouco na área inimiga. Aos 38’, Nino pegou um rebote de fora e bateu looonge.

Pressão tricolor. Aos 40’, Matheus Bahia ficou de cara, mas Jean salvou, na sua primeira e ótima defesa. Na sequência, o escanteio deu rebote na entrada da área, Fessim pegou forte de canhota, Jean salvou no canto, numa defesa de cinema.

O Bahia teve mais a bola, transou, mais só nos minutos finais assustou Jean. O Dragão achou um gol logo no começo e fez o que gosta: fechou-se, só arriscou nos contragolpes, no erro do adversário e nas bolas paradas.

Nos vestiários, Dado trocou Thiago por Rossi. Era preciso fazer gols e não levar, claro. Mas, com uma saída de bola lenta, o tricolor facilitava a proposta defensiva do Dragão. Aos 7 min, após ótima arrancada de Nino, pela direita, Fessim pegou a sobra, de frente, mas desperdiçou a chance, chutando mal, pra fora. Aos 12, após escanteio da esquerda, Ernando testou de frente, Jean catou bem.

– Aos 15’, em mais uma bola levantada na área baiana, cruzamento largo da direita, Rato testou livre na pequena área para defesa salvadora de Douglas, no reflexo. Jogo aberto, franco. O Bahia em cima e o Dragão achando espaços para o contragolpe.

– Gol ! 1 x 1, Gabriel, aos 30’, testando firme, na pequena área, ótimo cruzamento de Nino, da direita. Quando o time parecia acomodado, lento.

Dado mexeu: lançou Marco Antonio e Ramon, tirando Ramires e Fessim, cansados. Aos 33’, Nino bateu de canhota, cruzado; passou perto, assustando Jean. A partida cresceu por conta da ofensividade das equipes, as defensivas mais abertas. Aos 41’, Capixaba no lugar de Matheus Bahia.

Aos 42’, Gabriel arrancou pela esquerda, levou a zaga na corrida, mas a bola ficou no Jean, que saiu bem e fechou o ângulo do chute.  Aos 43’, nova bola alçada, a defesa baiana deu mole, mas Douglas defendeu o chute, no chão. Alesson no lugar de Daniel. Pressão final do Dragão, nos acréscimos, alçando bolas na área baiana. Nada mais aconteceu.

Destaques 
Nino, aniversariante, 35 anos, lutou e correu muito. Fessim, Gregore, Ramirez, Daniel deram conta do recado. Gabriel fez o gol.

No Atlético, um grande goleiro, a zaga firme e uma marcação implacável.

Escalações
– Atlético Goianense : Jean, Dudu, Oliveira, Eder e Natanael; Matheus, Vargas, Chico e Ferrareis; Rato e Ze Roberto. Treinador, Marcelo Cabo.

– Bahia : Douglas, Nino, Ernando, Juninho e Mateus Bahia; Gregore, Daniel, Fessim e Ramirez; Thiago e Gabriel. Treinador, Dado Cavalcanti.

Arbitragem gaúcha, com VAR; no apito, Daronco, sem problemas.

Próxima batalha do Tricolor é na quinta-feira próxima, na Fonte Nova, às 19h, contra o Corínthians. Sem refresco, pela 30ª rodada.

Outros resultados:  O Flamengo levou 2 x 0 do Ceará, no Maracanã. Guto Ferreira não perde para Rogério Ceni.  No Morumbi, os garotos do Santos fizeram 1 x 0 no líder São Paulo.

No Sul, Internacional 1 x 0 Goiás.

Crédito: Bahia Já.

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