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Emissário dos EUA se reúne com Bolsonaro e propõe reunião bilateral com Biden

O presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu na manhã desta terça-feira (24), em Brasília, o enviado especial do governo dos Estados Unidos para a Cúpula das Américas, Christopher Dodd. Ele disse ao brasileiro que o líder americano, Joe Biden, aceitaria fazer uma reunião bilateral com Bolsonaro às margens do evento.

Agora, o presidente deve decidir se vai ou não aos EUA nas próximas 48 horas. O governo americano, que organiza esta edição da cúpula, está preocupado com um possível esvaziamento do encontro, a ser realizado em Los Angeles no início de junho. Por isso, enviou um emissário para tentar convencer o mandatário brasileiro a comparecer à reunião.

O encontro no Palácio do Planalto durou menos de uma hora. O objetivo da viagem de Dodd, ex-senador democrata, foi, mais do que fazer o convite, manifestar a importância da participação do governo brasileiro no encontro, de acordo com pessoas envolvidas nos preparativos da reunião.

Após o encontro, a embaixada americana em Brasília divulgou uma declaração de Dodd. O democrata disse que viajou ao Brasil para “reforçar o apreço de longa data pela parceria profunda e importante que os dois países compartilham” e, na reunião, reiterou o desejo de que o Brasil seja um “participante ativo” da cúpula. “Reconhecemos a responsabilidade coletiva de avançar para um futuro mais inclusivo e próspero”, declarou o emissário do governo dos EUA.

Ele afirmou ainda que o Brasil “tem muito a contribuir” com os temas que serão discutidos em Los Angeles. “Valorizamos muito a voz do Brasil enquanto discutimos soluções que ajudarão a construir vidas melhores para as pessoas do nosso hemisfério”.

A 9ª edição da Cúpula das Américas foi idealizada pelos EUA como forma de simbolizar o retorno da liderança do país sob Biden em assuntos da América Latina. Quando estava na Presidência, o republicano Donald Trump faltou ao evento em 2018, tornando-se o primeiro líder do país a negligenciar o encontro.

Apesar de uma reunião bilateral ser desejada por membros do governo brasileiro -seria uma maneira de reforçar o argumento de que o Brasil na verdade não enfrenta um isolamento internacional-, o contato com Biden, um democrata, é visto por membros da pré-campanha de Bolsonaro como algo de pouco valor eleitoral, já que o presidente é aliado declarado de Trump.

Fonte: Bnews

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