Jogador do Flamengo, junto com seu companheiros de time, Natan e Bruno Henrique, devem comparecer pela manhã na sede do STJD. Colombiano e eventuais testemunhas prestam depoimento à tarde.
O auditor Mauricio Neves Fonseca, responsável pelo inquérito instaurado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), referente à acusação de injúria racial feita pelo jogador do Flamengo, Gerson, contra Índio Ramírez, jogador do Bahia, durante a partida que aconteceu no dia 20 de dezembro, pelo Brasileirão, intimou os dois os jogadores, além de Natan e Bruno Henrique, e eventuais testemunhas que o atleta colombiano e sua defesa queira levar, para depor no dia 03 de fevereiro na sede STJD, no Rio de Janeiro.
O caso pode ser enquadrado no art. 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que especifica que constitui crime “praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”. Prevê pena de cinco a dez partidas de suspensão, se praticada por atleta, mesmo se suplente, treinador, médico ou membro da comissão técnica, e, se praticado por qualquer outra pessoa a suspensão pode ser de 120 a 360 dias, além de multa, podendo variar de R$ 100 a R$ 100 mil.
A Procuradoria solicitou que até a próxima sexta-feira (22) todas as provas em vídeos e áudios existentes sejam enviadas. O auditor responsável pela condução do inquérito terá o prazo de 15 dias, com possibilidade de prorrogação por mais 15 dias, para a conclusão e poderá ainda sugerir o depoimento de outros personagens.
O ocorrido também está sendo investigado na esfera criminal, pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância.
Crédito: Tribuna da Bahia