Concentrada majoritariamente em fazendas da região oeste do estado, a produção de algodão depende, em sua maior fatia (84%), unicamente da chuva e apenas 16% dos sistemas de irrigação, o que aumenta o apreço dos produtores com as questões de preservação ambiental.
O produto baiano faz parte do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), de certificação de fibra sustentável, e que opera, desde 2013, com a ONG suíça referência em licenciamento neste quesito, a Better Cotton Initiative (BCI).
A dupla parceria traz recompensa dobrada: respalda os produtores com um dos mais completos programas de certificação que é o da ABR, atendendo ao rigor das legislações ambientais e trabalhistas do Brasil, e ainda dá sinal verde para voos mais altos, com explica o presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Luiz Carlos Bergamaschi.
“A BCI considera que quando um cotonicultor é certificado pelo ABR, automaticamente, se desejar, ele pode receber o licenciamento internacional”. Na safra 2019/2020, 78% das fazendas da região foram certificadas pelo ABR.
Numa ação casada com a Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) desde 2017, a Abapa mobiliza ações para conservar e/ou recuperar vegetação em Áreas de Preservação Permanente (APP’s), no entorno de nascentes, veredas e margens dos cursos d’água. A iniciativa já conseguiu identificar 220 nascentes, proteger outras 63, numa força tarefa com mais de mil pessoas de 34 comunidades.
Crédito: BNews