Um carro novo importado de aproximadamente R$ 330 mil já foi parar na concessionária oito vezes em menos de dois anos de uso. Na verdade, segundo a médica baiana Zuleica Guimarães, dona do Jaguar F-Pace, o veículo ficou mais em análise na oficina do que rodando com ela.
Zuleica contabiliza que, além dos prejuízos com a aquisição do carro com defeito de fábrica, gastou mais de R$ 20 mil com o seguro, R$ 77 mil com a blindagem e ainda com a colocação de acessórios de luxo no automóvel. Investiu alto em um sonho de consumo, mas não pôde usufruir, pois, desde maio de 2019, o Jaguar apresenta problemas.
“A primeira coisa que houve foi o farol do lado esquerdo que queimou. Ficou bastante tempo na concessionária para trocar, pois o farol vinha de fora. Em agosto, começou a acusar que o líquido de arrefecimento estava baixo e o carro poderia superaquecer. Levamos novamente na concessionária, eles completaram e pediram para rodar com o carro para ver, pois podia ser porque o veículo era novo. Uns 15 dias depois, apresentou o mesmo problema. Ao deixarmos lá mais uma vez, o carro ficou parado lá por mais de três meses sem dizerem qual era o problema”, relatou a médica.
A concessionária a qual ela se refere é a Way Salvador. Zuleica não comprou o veículo no local, pois o modelo esportivo que queria só estava disponível em Minas Gerais, mas a Way é a responsável pelo atendimento dos carros da Jaguar na capital baiana.
Em uma das vezes em que o carro foi liberado sob a garantia que o problema com motor estava resolvido, a médica foi surpreendida no meio da Avenida Manoel Dias da Silva. Já estava perto das 21h, ela estava com os dois filhos pequenos e o Jaguar apagou em plena via (veja o vídeo no final da matéria). Como é automático, ninguém conseguia tirá-lo do local, somente um reboque especializado conseguiu fazê-lo horas depois.
Os problemas foram tantos que Zuleica tomou pavor do carro e entrou na Justiça pedindo que a Jaguar lhe concedesse um novo, sem defeito de fábrica. “Eu fico angustiada porque não posso usufruir do carro. Não tenho confiança de andar nele. Agora, ele está lá na concessionária, desde outubro. Foram oito entradas na concessionária. Paguei duas vezes o seguro do carro mesmo sem usar. Agora decidiram trocar o motor e alterar o chassi sem me avisar. Eu não aceito, não quero carro com o motor alterado. Mesmo sendo problema de fábrica, a Jaguar não negocia, é péssima de pós-venda”, acrescentou.
A Jaguar Brasil foi procurada pela reportagem, mas informou que o seu setor jurídico só responde ao jurídico da cliente em questão.
Crédito: BNews.