Para não deixar a filha com o ensino atrasado, mãe chegou a montar uma espécie de escola em casa
A um mês do final do primeiro semestre do ano, as crianças da escola municipal Fernando Presídio, em Paripe, ainda não retornaram à instituição. Por causa de uma reforma, as aulas foram suspensas diversas vezes e os alunos adaptados para atividades enviadas pelo aplicativo Whatsapp e encontros esporádicos online.
Para não deixar a filha com o ensino atrasado, Janaina Pereira, de 35 anos, chegou a montar uma espécie de escola em casa. A mulher, que no momento está desempregada, comprou um kit de livros externos à instituição, com todas as matérias do 3º ano do ensino fundamental, e passa as atividades necessárias.
“Não posso deixar passar a melhor fase da criança aprender, que está com a mente fresca. Não posso deixar mais ela atrasada. No começo da pandemia, ficou um ano sem estudar. Depois teve aquelas aulas pela televisão. Agora nem isso”, diz Janaina.
Nem todos os pais têm a mesma condição. De acordo com a mãe da aluna, alguns conseguem pagar reforço escolar, mas são minoria. Nas aulas online, a filha de Janaina várias vezes foi a única estudante presente, em turmas que costumam ter no máximo cinco crianças. “Tem pais que nem têm internet ou podem disponibilizar o celular assim”, diz.
Após reuniões com entre pais e professores, a escola havia afirmado que as aulas voltariam ainda nesta segunda-feira (2). Mas logo antes da data, a direção avisou que a volta seria adiada, sem data específica para o retorno.
Procurada pelo Metro1, a Secretaria Municipal de Educação respondeu que a reforma está em fase final e que na próxima semana as aulas começam a ser retomadas. “A gestão escolar entrará em contato com os responsáveis para apresentar o cronograma de retorno”, diz em nota.
Crédito: Metro1
