O comércio baiano deve crescer 2,4% nas vendas em dezembro, mês do Natal. Essa época é considerada a mais importante do ano para o varejo. Uma estimativa da Fecomércio-BA aponta que as empresas faturarão R$ 11,2 bilhões, melhor resultado para o período desde 2015. Mesmo diante da pandemia, em comparação a dezembro do ano passado, o crescimento deve ser de R$ 263 milhões.
O grupo de vestuário e calçados aparece sempre em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de compra. No entanto, para este ano, a tendência, segundo o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze, é que o setor retraia 18,9%.
“São vários os fatores apontados para esse desempenho. A pandemia e o trabalho remoto reduziram a necessidade de compra de roupas novas, a própria dificuldade financeira das famílias, o cancelamento de festas de fim de ano das empresas e dos tradicionais amigos secretos”, explicou o economista.
Em situação oposta estão os setores de materiais de construção, com alta de 40,7%, e móveis e decoração, com crescimento de 32,2% neste último mês. As atividades relacionadas à construção civil têm registrado ótimos desempenhos por causa da redução na taxa de juros e da injeção do auxílio emergencial.
Por falta de estoque e prazos de entrega muito extensos dos fornecedores, vários empresários estão evitando clientes. A indústria foi surpreendida com a súbita retomada do consumo e está tentando equalizar a balança da oferta e demanda, além de regularizar preços e entregas.
Mais crescimento
O setor de eletrodomésticos e eletrônicos também deve ter alta nas vendas: 14,8%. As famílias com mais tempo dentro de casa têm buscado adquirir mais computadores, TVs, artigos de cozinha e outros itens.
O grupo dos básicos da economia, como supermercados e farmácias, devem ter um faturamento maior de 12,1% e 8,1%, respectivamente. Os cosméticos e perfumes também são produtos desejados para o Natal.
Crédito: BNews.